O mercado global de carnes já está sentindo os desafios do coronavírus, apesar da resiliência das commodities do segmento de alimentação, segundo analistas do INTL FCStone e do Rabobank. Nesse cenário, um possível alívios nesse mercado, de acordo com o portal especializado da CarneTec Brasil, deve ser o retorno das atividades da China.
“A expectativa de retorno das atividades normais na China, após um período de confinamento e redução das atividades econômicas e logísticas para conter o coronavírus, traz alívio aos grandes frigoríficos exportadores. Mas a indústria de carnes também está atenta aos potenciais impactos de redução no consumo em mercados locais no curto e no médio prazo”, diz o portal.
De acordo com analistas do INTL FCStone em relatório divulgado na semana passada, “a queda do poder aquisitivo do consumidor final, em meio a uma possível recessão econômica, estimula fontes alternativas à carne bovina, tais como a suína e a de frango, que são mais baratas”.
“O quadro de evolução do vírus também desafia e modifica a dinâmica do comércio de carnes, com a previsão apontando para um aumento dos estoques domiciliares, enquanto o atacado e restaurantes reduzirão ainda mais suas escalas de vendas”, completam.
Em relação à carne de frango, a perspectiva do Rabobank será afetada materialmente pela pandemia do coronavírus, mas a competitividade desta proteína em relação a outras opções mais caras favorece o produto. “Apesar de a perspectiva ainda ser moderadamente positiva para a maioria dos mercados, o coronavírus está adicionando significativa incerteza e deverá agora causar uma desaceleração econômica global”, conclui
Fonte: Agrolink