O país representa mais de 72% de toda a soja vendida pelo Brasil ao mundo. Em 2019´, essa dependência era maior, só que os volumes eram muito menores.
Em um ano atípico, como o atual, é natural que todos os resultados acompanhem essa mesma premissa. Na soja não é diferente, desde a produção, comercialização e vários outros quesitos têm apresentado números surpreendentes. Na exportação, por exemplo, os embarques de janeiro até julho de 2020 estão muito à frente dos recordes de 2018. E os números da China surpreendem, totalizando até agora mais de 50 milhões de toneladas de soja compradas.
O Brasil exportou de janeiro a julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia (Mdic), mais de 69,7 milhões de toneladas, sendo que 72,4% disso foi só para a China, que comprou 50,5 milhões de toneladas de soja do Brasil.
As quantidades de soja vendidas até julho de 2020, também superam em muito os volumes recordes de 2018. De janeiro a junho daquele ano o país havia exportado um total de 56,4 milhões de toneladas, sendo que 43,9 milhões disso, foram só para a China. Ou seja, mais recordes quebrados.
Julho
Somente em julho, o Brasil exportou um total de 10,3 milhões de toneladas de soja para o mundo, dos quais a China foi responsável por 7,8 milhões de toneladas desse total. Em 2019, no mesmo mês, o Brasil havia vendido ao mundo 7,4 milhões de toneladas (abaixo do que a China comprou sozinha em 2020).
Segundo informações da Administração Geral da Alfândega da China, as importações de soja em grão pela China no mês de julho somaram 10,09 milhões de toneladas, um avanço de 18% frente à igual mês de 2019, quando atingiu 8,63 milhões de toneladas. A elevação é atribuída aos embarques de soja mais barata do Brasil, em virtude da depreciação do real.
No acumulado do ano, ainda segundo dados da entidade chinesa, as importações de soja daquele país somam 55,14 milhões de toneladas, uma elevação de 17,7% em relação à igual período de 2019.
Fonte: Canal Rural