Empresas locais venderam US$ 1,069 bilhão em 2019, apenas 7,8% de todo o mercado.
A venda de agroquímicos no Brasil faturou US$ 13,7 bilhões no ano de 2019, o que representou um recorde de faturamento no setor. O total de vendas das maiores empresas de proteção de culturas atuando no país foi superior ao melhor desempenho de vendas já registrado até hoje, os US$ 12,25 bilhões comercializados em 2014.
O mercado agroquímico do Brasil é altamente concentrado. No ano passado, a receita total das dez principais empresas líderes (incluindo multinacionais) atingiu US $ 11,392 bilhões, representando 83,2% de todas as vendas do mercado.
Embora o mercado seja dominado por multinacionais, existem várias empresas locais de grande expressão e dinâmica. De acordo com uma pesquisa realizada pelo portal chinês AgroPages, as 10 principais empresas agroquímicas brasileiras geraram US$ 1,069 bilhão em vendas em 2019, representando 7,8% de todo o mercado.
A Nortox segue sendo a única brasileira no ranking geral das 10 maiores em operação no país incluindo as multinacionais. Um dos fatores que explicou o bom desempenho da Nortox em 2019 foi o lançamento de seu fungicida Mancozeb, além de outros seis novos defensivos agrícolas colocados no mercado no ano passado.
“A aceleração do registro e liberação comercial de agroquímicos autorizados pelo atual governo brasileiro é positiva para o setor, que incentiva as empresas locais a registrar e lançar mais produtos. As outras duas empresas que registraram crescimento de dois dígitos são a ALTA e a CropChem LTDA. Segundo a CropChem, após obter 19 registros em três anos, a empresa aposta que é o momento de aumentar as vendas”, afirma o AgroPages.
“Ourofino Agrociência também mencionou que o crescimento da empresa é um reflexo do início das vendas de novos produtos. Esses produtos foram aprovados após a colheita de 2018/2019 e começaram a gerar receita no ano passado”, dizem os chineses.
As empresas incluídas nessas listas, explica o AgroPages, podem ser parcialmente adquiridas ou controladas por empresas de outros países. No entanto, ainda são consideradas empresas locais de acordo com a Lei das Sociedades, segundo a qual continuam sendo incorporadas no país.
Fonte: Agrolink