Com os debates em torno da suspensão da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul, um tema sempre vem à tona. A existência de um fundo agropecuário com capacidade para atuar em prevenção, combate e indenização em caso de enfermidades. O estado conta, desde 2005 com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal – o Fundesa.
São vários objetivos, mas o principal é propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários e indenização dos produtores. A celeridade na tomada de decisões e aporte de recursos se deve ao fato de que trata-se de um fundo com gestão privada e cujas decisões são tomadas por um conselho consultivo composto por nove entidades ligadas ao setor produtivo e industrial de aves, suínos e pecuária de corte e leite. O Fundo entrou como uma alternativa ao Fesa, que por se tratar de um Fundo Estadual, enfrentava mais burocracias para a tomada de decisão.
Desde sua criação, o Fundesa vem atuando, além da indenização dos produtores, na capacitação de técnicos, na divulgação de atividades dos programas sanitários oficiais do estado, na aquisição de equipamentos e melhorias de estruturas físicas do Serviço Veterinário Oficial (inspetorias) e apoio a eventos ligados aos temas de interesse. Tal atuação garante mais segurança ao setor produtivo, bem como ao Serviço Veterinário Oficial que pode contar com aportes em projetos e acordos de cooperação técnica, sempre com foco em prevenção e saúde animal.
Os recursos do fundo são originados de contribuição de diversos segmentos da produção animal: aves (e ovos), suínos, pecuária de corte e leite e ovinos. Produtor e indústria contribuem em igual proporção. A cada cabeça abatida (ou litro de leite / dúzia de ovos) é recolhido um valor que vai para este fundo. A cada três meses é realizada uma assembleia geral de prestação de contas e os dados ficam disponíveis no site.
Fonte: Agrolink