Alta no índice se deve aos bons resultados do segundo trimestre.
O agronegócio brasileiro está com boas expectativas em relação ao restante do ano. Após a chegada da pandemia no primeiro trimestre, o segundo foi bem mais favorável. O desempenho foi evidenciado pelo Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado nesta quinta-feira (13), pela Fiesp e pela CropLife Brasil.
O índice subiu 11,3 pontos em relação ao primeiro trimestre ficando em 111,7 pontos. Segundo a metodologia do Índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo.
O melhor desempenho foi do indicador da indústria de fertilizantes, máquinas e implementos, sementes e defensivos. Saiu de uma perspectiva pessimista, com 86,2 pontos registrados no primeiro trimestre de 2020, para 101,6 no segundo trimestre, uma alta de 15,3 pontos. “Ainda há uma certa desconfiança em relação às condições atuais tanto na indústria de insumos agropecuários quanto nas empresas situadas ‘depois da porteira’, mas é fato que as perspectivas para os próximos meses melhoraram expressivamente, justificando a confiança em alta”, afirma Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil.
O índice foi puxado pela alta nas vendas de tratores e colheitadeiras, pelo bom desempenho na comercialização de insumos para os produtores que fechou o primeiro semestre do ano adiantada e também pelas compras antecipadas de defensivos, inclusive para a próxima safra. Os biodefensivos também tiveram bons números no período.
Para o segundo semestre boas perspectivas com a finalização da safra recorde de grãos, acima dos 253 milhões de toneladas e desempenho favorável nas exportações. Além disso as safras de cana e café seguem surpreendendo e o clima vem favorecendo as lavouras tardias de milho safrinha, elevando as projeções. Com isso o índice de confiança dos produtores agrícolas fechou em 116,8 pontos.
“Já há sinais de retomada das atividades e de relativa estabilidade no mercado financeiro. Além disso, os efeitos positivos da desvalorização cambial sobre os preços agrícolas e a perspectiva de que em breve haverá uma ou mais vacinas eficazes para o novo coronavírus melhoraram substancialmente as expectativas para o curto e médio prazos, especialmente por parte das indústrias”, avalia Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp.
Fonte: Agrolink