“Foi muito bom participar do Projeto Campo Futuro para conhecer melhor a atividade leiteira. Se não tivermos o conhecimento necessário, não saberemos tomar as medidas cabíveis para o melhoramento do setor”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Itapetinga, Dilermando Campos, que também é pecuarista de leite.
Durante o painel, foi definida uma propriedade modal para a região, com uma produção de aproximadamente 350 litros/dia e com 50 vacas em lactação.
“Em relação aos custos mensais, o levantamento apontou que, na propriedade modal, 28% da renda estava comprometida com mão de obra, resultado da baixa produtividade dos animais e pelo sistema de ordenha manual. Já o gasto com alimentação, que inclui ração, mineral e volumoso, comprometeu 22% da renda”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Gabriel Oliveira.
Para o produtor Igor Dutra, o painel foi interessante porque trouxe informações sobre como a região está se comportando frente à produção leiteira.
“Vimos também como podemos alcançar índices mais produtivos e trazer melhor remuneração para o produtor rural. As informações são de extrema importância, mostram para o produtor onde estão os gargalos. Por isso, tenho certeza que a avaliação e a análise desse levantamento vão nos trazer ótimos resultados futuros.”
Segundo Gabriel Oliveira, da CNA, é necessário um empenho em orientar os produtores da região em buscar o lucro máximo e não o custo mínimo.
“Melhorando a produtividade dos animais, mesmo que isso eleve o custo com alimentação, o produtor teria um custo total reduzido, pois diluiria o gasto com capital empatado por litro de leite, aumentando a sua Margem Líquida.”
A reunião contou também com a participação de técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. No segundo semestre, a CNA vai levantar custos de produção do leite em mais dois municípios baianos (Miguel Calmon e Itamaraju) e nos estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso.
Fonte: Agrolink