De acordo com a consultoria Safras, a oferta de animais terminados ainda é restrita, confirmando a tendência de um confinamento de 1º giro mais discreto.
“Essa é uma consequência da menor atratividade dos preços do boi gordo, tanto no mercado físico quanto na modalidade futura no mês de março, período que costuma marcar a decisão do confinamento e coincidentemente o período em que os preços alcançaram a sua mínima em 2020”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.
Além da oferta restrita, a China ainda importa volumes substanciais de proteína animal no decorrer do ano, visando cobrir uma lacuna de oferta formada pela peste suína africana. “Deve ser considerado, ainda, o processo gradual de reabertura em alguns estados, com ênfase para a cidade de São Paulo”, afirma.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 220 por arroba. Em Uberaba (MG), permaneceram em 217 por arroba.Em Dourados (MS), seguiram em R$ 211 por arroba. Em Goiânia (GO), continuaram em R$ 211 por arroba. Já em Cuiabá (MT), cotações estáveis em R$ 197.
Mercado de proteína
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a uma pontual alta dos preços.
A reposição entre atacado e varejo foi positiva na primeira quinzena de julho. O processo de reabertura da economia, em especial na cidade de São Paulo, foi um grande motivador para a demanda doméstica. “No entanto, segue a ressalva que o consumo ainda está aquém da sua normalidade, com restaurantes e demais estabelecimentos operando abaixo da sua capacidade para cumprir as novas exigências sanitárias em tempo de pandemia”, afirma Iglesias.
A ponta de agulha continuou em R$ 12,10 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 12,65 o quilo, e o corte traseiro permaneceu em R$ 14 por quilo.
Fonte: Canal Rural