O Paraná passou do terceiro para o segundo lugar entre os principais produtores de leite do país, segundo dados consolidados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em 2018. O estado produziu mais de 4,4 bilhões de litros naquele período. Como resultado, ficou atrás apenas de Minas Gerais, que produziu 8,9 bilhões no ano. O forte crescimento nos últimos anos deve atrair investimentos em tecnologias para ampliar eficiência e qualidade do campo à indústria.
A pesquisa do IBGE aponta que Castro, localizada nos Campos Gerais, lidera a produção brasileira com 292 milhões de litros. A cidade é sede da cooperativa Castrolanda. Em segundo lugar está o município de Patos de Minas (MG), que produziu 193 milhões de litros. No Paraná, outro destaque é a cidade sede da Batavo, Carambeí, com 180 milhões de litros, que ocupa a terceira posição no ranking nacional.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse à Agência de Notícias do Paraná (Aen) que os números do IBGE confirmam o esforço dos produtores paranaenses e consolidam o estado como grande polo produtor de proteínas animais.
“Produzimos no ano passado 5,6 milhões de toneladas de carne e 4,4 bilhões de litros de leite, voltando a ocupar a segunda posição no ranking nacional, mas também consolidando o sul do Brasil como a ‘Meca’ do leite”, disse.
SETOR VIVE MOMENTO DE EXPANSÃO
O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo. No entanto, ainda não é um grande exportador, como ocorre no setor de carnes. Esse cenário deve mudar e a habilitação de produtos lácteos brasileiros para a China, no segundo semestre do ano passado, deve contribuir para esse processo.
Andrea Gessulli, diretora da AveSui América Latina, evento que acontece em Medianeira, Oeste do Paraná, destaca que devem crescer os investimentos em tecnologias visando melhorias de qualidade, processos fabris e eficácia do campo à indústria. O modelo deve ser próximo dos adotados pelas cooperativas paranaenses, que passaram a atender o mercado doméstico com uma ampla variedade de produtos lácteos, chegando aos mais diversos nichos de consumidores.
LEITE DEVE IMPULSIONAR INVESTIMENTOS
O avanço do Paraná como o segundo principal produtor de leite e a expectativa de que o Brasil avance em suas exportações de proteína devem fomentar novos investimentos tanto por parte dos produtores rurais quanto pela indústria processadora. Assim, de acordo com Andrea Gessulli, a AveSui abriu as portas da feira para essa proteína no ano passado.
Já na edição deste ano, que acontece de 28 a 30 de julho, na Lar Centro de Eventos, a ideia é ampliar e dar mais espaço para expositores e visitantes específicos da pecuária leiteira. Será o primeiro ano do Pavilhão de Leite, criado especificamente para atender esse público. Além do leite, a AveSui – tradicional feira de aves e suínos – também abrange o setor de peixes.
“O espaço Pavilhão de Leite está localizado em local estratégico e privilegiado para que o expositor realize contatos cara a cara com seu cliente, de maneira prática, criando oportunidades e gerando visibilidade, como uma vitrine. Em apenas três dias de feira as empresas fazem contato com produtores de aves, suínos, leite e peixes”, resume Andrea Gessulli.